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Blog do Desenvolvimento

20:00 27/06/2023

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A história do edifício do BNDES

Em comemoração ao aniversário de 71 anos do BNDES, foi lançada no dia 20 de junho a exposição "A casa do desenvolvimento”, em cartaz no térreo do escritório principal do Banco, na Avenida República do Chile, 100, no Centro do Rio de Janeiro. A exposição apresenta fotos históricas da construção do Edifício de Serviços Juvenal Osório Gomes (Edserj), que completa 41 anos, além de imagens do prédio e de seu entorno em diferentes ângulos e enquadramentos, muitas delas feitas por empregados do Banco.

Confira a seguir um pouco mais sobre a exposição a partir de algumas imagens e depoimentos que contam essa história.   

 

O terreno

 

Era o ano de 1974 e, após iniciar seus trabalhos, em 1952, na sede do Ministério da Fazenda e passar por outras duas sedes no Rio de Janeiro, o BNDES precisava de mais espaço para abrigar sua equipe, em crescimento, após os anos do “milagre brasileiro”.

Voltando um pouco mais no tempo, na década de 1950, parte do Morro de Santo Antônio, no centro da cidade, havia sido demolida, dando lugar a novas ruas. Já no início dos anos 1960, uma grande avenida começou a ser construída: a Avenida República do Chile, e o então estado da Guanabara loteou o seu entorno. Começaram a surgir os grandes edifícios que hoje ocupam a avenida, como o Edifício-sede da Petrobras (Edise), o prédio do Banco Nacional da Habitação (BNH) e a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. O BNDES havia comprado um dos lotes como reserva, em caso de necessidade de construção de um edifício próprio.

 

Clique nas imagens para ampliar.

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O projeto

 

Havia, no entanto, expectativa de mudança do Banco para Brasília e um concurso foi realizado para construção de edifício na nova capital do país, em convênio com Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Inscreveram-se no concurso 197 escritórios de arquitetura de todo o país, mas somente foram apresentados ao júri 48 projetos. O vencedor foi um grupo de Curitiba, no Paraná, dos arquitetos José Hermeto Palma Sanchotene, Alfred Willer, Ariel Stelle, Leonardo Tossiaki Oba, Joel Ramalho Júnior, Oscar Gomm Mueller e Rubens Antônio Sanchotene. Essa mesma equipe havia recebido destaque na I Bienal de Arquitetura de São Paulo, com o projeto da sede da Petrobras, na Av. República do Chile.

 

Assista ao depoimento do arquiteto do BNDES Hélio Brasil sobre o projeto do prédio:

 

Em 1975, o presidente Ernesto Geisel decidiu que o BNDES deveria ficar próximo às empresas, que em sua maioria estavam localizadas na região Sudeste do país. Assim, o Banco continuou no Rio de Janeiro, com necessidade de um espaço maior e  um terreno já comprado – aquele da Avenida Chile –, além de um contrato com os arquitetos que haviam ganhado o concurso.

Um novo projeto arquitetônico foi elaborado por eles, então, para ocupação do terreno, levando em consideração a proximidade ao Convento de Santo Antônio. Para que não se perdesse a visão do convento, que fica na parte superior do morro não demolida, foi desenhado um “pescoço” que permitiria manter um vão livre e preservar a vista do convento de quem passava pela avenida.

 

A obra

 

A obra de construção do Edserj teve início no dia 30 de setembro de 1975. No projeto, o edifício seria mais alto, mas por uma restrição da prefeitura ele foi readequado à mesma altura do prédio do BNH. Também havia a intenção de fazer um centro comercial no primeiro subsolo, onde hoje estão a Galeria BNDES, o centro de estudos e o Teatro Arino Ramos. O centro comercial teria uma ligação direta com o metrô da Carioca, mas acabou não sendo executado.

 

Clique nas imagens para ampliar.

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Durante a obra, houve um deslizamento de terra do morro para dentro do terreno. Apesar dos atrasos que isso gerou, também trouxe benefícios. O Banco acabou comprando do Convento de Santo Antônio parte do terreno que havia deslizado e, com isso, o projeto ganhou uma área de jardim, projetada por Burle Marx.

Com a necessidade de agilizar a obra, a equipe trabalhou simultaneamente nos subsolos e na torre. Em 45 dias, foram construídas a parte dos elevadores e as escadas e, em seguida, as lajes, em um sistema de revezamento de andares.

 

Assista ao depoimento da arquiteta do BNDES Ângela Lussac sobre a construção:

 

Após sete anos, o habite-se do prédio foi emitido no dia 30 de setembro de 1982. Desde então, nossa “casa do desenvolvimento” – onde foram elaborados planos, criados produtos e financiados projetos tão importantes para o desenvolvimento do país – ocupa este endereço, sendo um lócus de discussões e debates sobre o Brasil.

 

Exposição A casa do desenvolvimento

Local: Térreo do Edifício de Serviços Juvenal Osório Gomes – Av. República do Chile, 100. Rio de Janeiro/RJ

Até 18 de agosto de 2023

Entrada gratuita

 

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